Um dos nossos verdadeiros presentes numa vida corrida é um longo período de silêncio, um momento em que intencionalmente voltamos nossa atenção para longe da pressa das conversas e compromissos, imagens e mensagens, listas e obrigações, e silenciosamente nos sintonizamos com um espaço interior.
• Para alguns de nós, o silêncio imposto foi uma punição em nosso passado; por exemplo, um pai pode ter dito: “Cale-se e vá para o seu quarto”. O silêncio do qual tratamos aqui é uma escolha. Esse silêncio é uma oportunidade para a descoberta, para encontrarmos coisas novas e diferentes. A ausência de fala é bastante diferente quando escolhemos não falar.
• Silêncio não é falta de comunicação. Há uma linguagem sutil que nos conecta com os outros através dos olhos, com um sorriso, ou um gesto. A fluência nessa linguagem sutil demanda nossa habilidade de observar os pequenos detalhes da vida. Quando desenvolvemos nossa habilidade com essa linguagem sutil, descobrimos que somos menos dependentes dos instrumentos mecânicos que podem nos conectar, mas isso também pode fazer com que nos sintamos mais separados.
• Ao entrarmos num espaço interno de silêncio, estamos nos sintonizando com o espírito da natureza e abandonando a tendência de sermos críticos.
• O silêncio oferece a oportunidade para que eu identifique em mim mesmo as qualidades que possuem a capacidade de me transformar. No silêncio, posso me conectar com a qualidade mais elevada do meu pensamento mais leve, mais claro.
• A ação nasce das sementes do pensamento. As ações são os frutos dessas sementes. O que será que existe no solo onde escolho plantar as sementes dos meus pensamentos? Violência ou paz? Raiva ou amor? Essas escolhas são transformadoras.
• O estado de consciência que atinjo no silêncio se conecta diretamente com a qualidade do meu entendimento. Entender “no som” é um processo cognitivo, enquanto que entender “no silêncio” é mais sutil, resultando nas realizações que surgem de dentro. Essas são experiências muito diferentes.
• No silêncio, descubro minhas qualidades inatas, as qualidades que são intrínsecas de quem sou. Aqui no silêncio posso tocar em meu eu eterno e passo a confiar nessa essência mais profunda.
• A experiência do reconhecimento de minhas qualidades intrínsecas e singulares aumenta meu poder de receber. No silêncio, toco em minha força interna e sinto confiança, fé, segurança, beleza, dignidade. É a partir dessa base de força interna que minhas ações evoluem.
• No silêncio, posso escutar o chamado de Deus, o chamado da natureza, o chamado daqueles que precisam.
• O silêncio é um espaço interno de aprendizagem. Quando não entendo algo, continuo a me prender a isso. Quando a aprendizagem acontece, posso me liberar e seguir adiante.
• No silêncio, descubro a verdade ao me conectar com meu eu verdadeiro. O silêncio aumenta minha capacidade de manter a fé internamente.
• O silêncio é uma oportunidade de descansar no colo de minha própria grandeza. Lembre-se de cuidar de si com a atenção especial que você daria a qualquer grande alma.
• O silêncio é uma disciplina, não do fazer, mas do ser.
Usem esses pensamentos sobre o silêncio como uma bandeja de petiscos de entrada, pegando o que quiserem para sustentá-los ao entrarem num espaço de silêncio interior.
Por BK Mohini Panjabi
Fonte: http://www.stum.com.br
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